Geiser El Tatio: prepare-se para o passeio mais frio do Atacama

Por Natália Góes Este foi meu terceiro passeio no Atacama e exigiu uma grande dedicação: saí do hotel pouco depois das 04:30h e encarei um frio de -3 ao chegar por lá, pouco depois das 6h. Mas, por que chegar tão cedo? Porque é neste horário que os géiseres estão em maior atividade devido às diferenças de temperatura. Mesmo assim tão cedo a estrada fica super movimentada com os carros de passeio e vans/microônibus das agências de turismo seguindo pra lá. E o parque fica lotado! Eu ao lado de uma das erupções do campo de geiseres El Tatio Os geiseres se originam pelo contato das águas subterrâneas geladas com rochas quentes. A área de géiseres del Tatio é a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Rússia. Esta área fica muito próxima a Cordilheira dos Andes, próxima ao cordão de fogo, por isso a atividade dos géiseres é tão expressiva. Reserve seu hotel em San Pedro de Atacama sem custos adicionais usando este link. O Tour Há uma trilha levando aos géiseres abertos a visitação, e também um lago de águas quentes para os mais corajosos se banharem. Gente, com -3 não tive coragem de entrar!! Mas pus a mão e a água realmente é quentinha. Deve ser uma delícia quando o clima está menos frio! O dia amanhece durante o passeio. Também é por lá que tomamos café da manhã, em geral oferecido pela agência que faz o tour. Dia amanhecendo, lua cheia ainda no céu e os geiseres em plena atividade Os muros próximos às erupções são os limites da área segura ao acesso dos turistas É um belo espetáculo da natureza O muro em volta de uma das erupções: o solo próximo a elas é muito frágil e pode se romper; por isso a proteção Esta é a piscina natural com água quentinha onde o banho é permitido. Quem tem coragem com a temperatura tão baixa? Mais uma do amanhecer por lá: lindo! (e olha a lua cheia ali de novo) Uma das erupções de mais perto: olhem como a água borbulha!!! Depois de visitar os géiseres caímos na estrada outra vez. Próximo as rochas vulcânicas do caminho vimos muitas viscachas (um animal que parece um coelho). Geiseres em plena atividade Mais uma erupção É incrível o tamanho da área onde ocorre este evento Viscachas no caminho (tinham muitas!!) Mais uma viscacha, agora de pertinho 🙂 Esta planta é o alimento da vicuña; o gelo que se forma durante a madrugada também serve de água para elas durante o dia Depois seguimos para o vado Putana, onde observamos taguas cornudas e muitas vicuñas. Este é um ótimo local para observar a fauna. Observamos também o vulcão Putana, um dos ativos da área, que dá nome ao pequeno povoado. Vado Putana e o vulcão de mesmo nome ao fundo  Tagua Cornuda Várias aves em Vado Putana Próximo ao mirante apareceu uma vicuña E não é que ela passou super pertinho de mim 🙂 As vicuñas são protegidas: sua caça é proibida. Eu as vi e vários passeios que fiz por lá O seguinte ponto de parada foi no povoado de Machuca, que vende comidas típicas da região como espetinho de lhama e empanada de queijo de cabra. Experimentei o espetinho de lhama e até que é saboroso (embora eu prefira um boizinho..hehe). Além do pequeno vilarejo e das iguarias, ainda vimos as lhamas criadas por ali e o lago cheio de flamingos. Placa indicando nossa chegada ao povoado de Machuca Povoado de Machuca visto ainda da estrada O espetinho de lhama é a comida típica mais concorrida por lá Olhem o tamanho da fila para obter a iguaria! O maridão provou e aprovou! Até que o povoado tem seu charme Lhamas que são criadas por lá E tem também o lago cheio de flamingos Antes de regressar a San Pedro de Atacama ainda paramos em alguns pontos da estrada (próximo ao Cânion de Guatin, inclusive) para desfrutar de mirantes e observar cânions, montanhas e a vegetação da área, incluindo a área dos cactos gigantes. As 12:30h já estava de volta ao hotel. Um dos cânions que visitamos no caminho É pra morrer de amor, não é? A área dos cactos gigantes Eu fiquei tão pequena nesta que parece montagem..hehe Mais uma porque o lugar merece! Mais um visual lindo em uma das paradas do passeio Quanto custa Tour para Geiser El Tatio: fiz este com a Agência 123Andes: 30.000 pesos chilenos (Fev/2017) incluindo transporte hotel-excursão-hotel e café da manhã. Entrada no Parque El Tatio: $10.000 pesos chilenos (Fev/2017). Neste o desconto de estudante era oferecido apenas para chilenos. Foto panorâmica de uma das paradas na estrada O que levar Mesmo no verão as temperaturas são muito baixas, especialmente tão cedo. Os géiseres estão a mais de 4.300m de altitude. Vista um casaco bem quente, luvas, cachecol, gorro, meias e sapatos apropriados para baixas temperaturas, calças, e alguma peça térmica por baixo de tudo para ajudar a manter o calor do corpo. No inverno as temperaturas podem chegar a -30 graus, e no verão também estão sempre abaixo de 0. A medida que se aproxima o horário do almoço e vamos baixando na altitude, a temperatura vai aumentando e o casaco mais pesado, assim como as luvas, cachecol e gorro poderão ser dispensados Levar também: Protetor solar Óculos de sol Câmera fotográfica  Água (1,5 a 2 litros) Nariz, olhos e boca podem ficar bem ressecados neste passeio; levar algo para hidratá-los também é uma boa ideia. 👍🏻 Lembre-se, você estará no deserto onde o clima é bem seco! Vento, sol e frio vão apenas intensificar o ressecamento. Sobre a empresa escolhida para este passeio Como já comentei nos posts anteriores, fechei meus passeios com antecedência com a empresa FlaviaBia Expediciones ainda no Brasil – e super recomendo o trabalho deles. Entretanto não inclui na minha programação inicial o tour para o Geiser El Tatio porque estava um pouco receosa com a baixa temperatura associada a altitude

Bonito/MS: dicas para você montar o seu roteiro

Por Natália Góes Sabe tudo aquilo que você já ouviu e leu sobre Bonito? É tudo a mais pura verdade! Além ser um pólo de ecoturismo conhecido mundialmente, tem como principal atração suas paisagens naturais. É rico em grutas, cavernas, rios de águas cristalinas para mergulhos e flutuação, cachoeiras e dolinas. Flutuação em Bonito: sensação de estar dentro de um aquário lotado de peixes Cachoeiras: outra atração de Bonito Bonito é um município do estado de Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil. Em conjunto com os municípios de Jardim, Guia Lopes da Laguna e Bodoquena integra o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Piraputangas, espécie de peixe mais comum por lá, em monumento na praça principal da cidade Estive em Bonito em março de 2011 e fevereiro de 2015, ambas aproveitando o feriado de Carnaval. O período não é o melhor para visitação devido às chuvas, que deixam alguns rios cheios e turvos, atrapalhando a realização de alguns passeios. Outro ponto a ser comentado é que o acesso a muitas atrações se faz por estrada de terra, que com a chuva ficam lamosas e cheias de poças, o que também pode atrapalhar a programação. A seguir eu conto as atrações que visitei, os hotéis que me hospedei nas duas visitas e como fiz para chegar até lá. Como chegar Em minhas duas visitas eu voei do Rio de Janeiro até Campo Grande. Da primeira vez eu optei por reservar com antecedência um transfer para o trajeto Campo Grande-Bonito-Campo Grande (várias empresas de turismo oferecem este serviço por lá). Porém, em minha ultima visita, optei por alugar um carro para seguir até Bonito. Há três caminhos possíveis, onde o mais rápido é o que pega a BR-060, passando por Sidrolândia e Nioaque; há também os trajetos pela BR-262, que passam por Aquidauana. Optei por fazer o caminho mais comprido passando por Aquidauana, Miranda e Bodoquena, pois passaria também no Pantanal. A parte da estrada em que peguei a MS-339 é meio confusa (faltam placas), mas a estrada está com pavimentação super boa, embora não tenha acostamento. A rodovia BR-262 é bastante sinalizada (embora algumas placas sejam confusas). Há muitos radares e placas de redução da velocidade, visto que há muitos animais silvestres nas redondezas; lembre-se que você estará passando pelo Pantanal. Há também muitas placas pedindo a proteção aos animais do Pantanal. No trecho final entre Bodoquena e Bonito, a estrada vai beirando o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, dando um charme a mais ao trajeto. Fizemos o trajeto todo, incluindo 2 paradas para lanche e esticar as pernas em, aproximadamente, 4 horas. O que é melhor então: alugar um carro ou reservar um transfer? A resposta a é: depende! Alugar um carro te dará liberdade para escolher por qual estrada quer viajar, a hora que deseja sair do hotel e a hora de deixar cada uma das atrações; mas os custos com o carro envolvendo as diárias (pelo que vi é mais barato alugar em Campo Grande que em Bonito), o combustível,  que é bem caro por lá (na ocasião o litro do combustível estava uns R$ 0,40 mais caro do que no Rio) e os seguros básicos do veículo podem tornar a viagem mais dispendiosa. Também há o inconveniente que alguns postos da estrada não aceitam cartão. Dai vc sempre tem que estar com dinheiro na carteira. A estrada de acesso à bonito é boa, não tem pedágios, mas tem uma infinidade de radares e controladores de velocidades; há muitos trechos onde a velocidade permitida é apenas 40 km ou 60 km, o que torna o tempo de viagem maior. Carro que alugamos durante a viagem de 2015; a estrada de terra nos leva à Estância Mimosa. Reservar o transfer para o deslocamento entre cidades, além do deslocamento para os passeios, é uma opção confortável no sentido de não ter que se preocupar com os caminhos e as distâncias. Porém pode deixar seu horário limitado visto que o transporte, em geral, é coletivo, tendo horários pré-estabelecidos para chegada e saída das atrações. Paisagem que encanta na estrada. Todos os dias que dirigimos por lá vimos tucanos sobrevoando a estrada. <3 Para alugar um carro para esta viagem, pesquise os melhores preços aqui!   Hospedagem Em 2011 fechei minha viagem super em cima da hora. Consegui vaga apenas no Ecoresort Zagaia, que é maravilhoso, especialmente para quem viaja com crianças. Os quartos são confortáveis, a área de lazer do hotel é super completa: sauna, piscina, salao de jogos; e os animais que ficam livres na área do hotel também são uma graça. Lembro de acordar todos os dias com as seriemas na minha janela <3 Pois bem, tanto conforto tem seu preço; e o Zagaia não é uma opção das mais econômicas. O fato dele ficar mais afastado do centro é ótimo para quem está de carro ou quem busca ficar mais isolado. Porém para quem quer frequentar os restaurantes do centro e ter mais liberdade de sair sem carro, o ideal é buscar um hotel mais próximo do centro e, acredite, as opções são muitas. Ecoresort Zagaia Piscina do Ecoresort Zagaia Redário do Ecoresort Zagaia Em 2015 fiquei na Pousada Solar do Cerrado, que localiza-se a menos de 1 km do centrinho. A pousada é simples e tem 2 tipos de acomodações: apartamentos e chalés. Peguei um apartamento térreo bem amplo, com frigobar, hidromassagem, banheiro reformado e uma pequena sacada. Nas áreas comuns tem o restaurante e a piscina. Um sossego só! E para quem vem de carro, a pousada tem estacionamento próprio. O café da manhã é simples, mas gostoso. Oferece frutas, pães, frios, sucos e bolos. Tem wi-fi gratuito, mas no quarto que eu fiquei não funcionava. Área comum e acesso aos quartos da Pousada Solar do Cerrado Piscina da Pousada Solar do Cerrado Onde comer Pastel Bonito – experimentamos primeiro os sabores que eram indicação da casa: pintado e mandioca, queijo e carne seca; queríamos provar também o de jacaré,

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